Uma pesquisa divulgada em fevereiro de 2009 pelo Núcleo de Análise do Comportamento da Universidade Federal do Paraná (UFPR) mostrou que 66%
dos alunos do ensino fundamental e médio sofreram ou cometeram agressões contra seus colegas de escola nos seis meses anteriores ao levantamento. É o chamado bullying. "Nessa forma de brincadeira inadequada, só quem brinca tem prazer", explica Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP).
Como a escola deve
trabalhar? A escola não pode se limitar a identificar e
punir os alunos que praticam bullying. É preciso tratar o tema abertamente.
"Os professores e os orientadores da escola têm de identificar o bullying
no cotidiano. E, por meio de atividades em grupo, como vídeos, músicas e
dramatizações, levar os jovens a refletir criticamente sobre as diferenças de
cada um. Para que eles possam aprender a conviver, respeitando o outro, e a
aceitar a própria individualidade", diz Lavínia Ximenes, psicóloga do
Serviço de Orientação Educacional do Colégio de Aplicação da Universidade
Federal do Pernambuco (UFPE), de Recife.
O que a família pode fazer? Se o
seu filho é vitima ou pratica bullying, é importante buscar acompanhamento
psicológico e tentar entender o que está causando o problema. Além disso, não
deixe de comunicar à escola. "Um adolescente que tenha um comportamento
passivo em relação a todas as suas relações (familiares, por exemplo) deve ser
encaminhado para diagnóstico de um psicólogo", alerta Miguel Perosa,
psicoterapeuta e professor da Faculdade de Psicologia da PUC-SP. No caso do
jovem agressor, os pais precisam repensar a conduta da própria família."Se
o filho se sente humilhado em casa, é provável que tenha a atitude de humilhar
fora de casa", completa.
Para saber mais: Aprenda
a identificar e combata o bullying
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