quarta-feira, 9 de maio de 2012


A adolescência
Ter problemas de relacionamento é absolutamente normal. Acontece nas melhores famílias. Pode ser uma separação, uma dificuldade financeira ou qualquer outra situação estressante. Mas quando esses problemas são
descarregados nos filhos, a coisa muda de figura. O importante é que o adolescente não sofra pelos pais. "Os jovens não ficarão imunes aos problemas da família. No entanto, se não forem envolvidos nas questões que não dizem respeito especificamente a eles, existe uma boa chance de não serem muito prejudicados", diz Miguel Perosa, psicoterapeuta e professor da Faculdade de Psicologia da PUC-SP.


Como a escola deve trabalhar?


A escola tem o dever de entrar em ação quando percebe que o rendimento de algum aluno caiu muito, chamando a família para uma conversa, na tentativa de descobrir o que pode estar afetando o aprendizado do adolescente. "É normal que os alunos tenham problemas na escola quando os pais estão se separando, por exemplo. Mas tentamos mostrar para os pais que é possível tornar-se ex-marido ou ex-mulher, jamais ex-pai ou ex-mãe. Os adolescentes precisam de atenção e de acompanhamento", afirma Adilson Garcia, do Colégio Vértice, de São Paulo (SP).


O que a família pode fazer?


Evite descarregar os seus problemas graves nos jovens. Lembre-se que filho não é psicanalista, economista e nem especialista em relacionamento familiar. "As dificuldades que aparecerem podem ter seus efeitos nos filhos minimizados com uma boa conversa, com respeito e transparência, objetivando regras claras e compartilhadas", diz Miguel Perosa, psicoterapeuta e professor da Faculdade de Psicologia da PUC-SP. "Numa separação dos pais, por exemplo, é comum jogar no colo dos filhos a alternativa ou-você-me-ama-ou-ama-a-ele(a). Isso é muito prejudicial. É preciso que o filho saiba que continuará tendo pai e mãe. Dificuldades financeiras são condicionantes do estilo de vida da família. É preciso saber exatamente quanto se pode gastar e que isso fique claro para os filhos". Além disso, é importante continuar presente na vida dos filhos mesmo em seus momentos de dificuldades. "Ser pai ou mãe exige um pouco de sacrifício", diz Evely Boruchovitch, professora da Faculdade de Educação da Unicamp

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